Tudo Sobre Serra da Carnaíba

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

UMA ESMERALDA DE 380 QUILOS ENCONTRADA NA BAHIA.

Uma esmeralda de 380 quilos encontrada na Bahia é alvo de disputa entre cinco americanos.
 Seu valor? US$ 370 milhões

Esmeralda da bahia: a pedra encontrada em 2001 foi inicialmente negociada por R$ 10 mil
O que poderia ser a salvação de garimpeiros que passam a vida em busca da pedra perfeita tornou-se o centro de uma disputa de proporções internacionais. O alvo é uma esmeralda de 380 quilos, batizada de Esmeralda da Bahia, extraída da Serra da Carnaíba, em pleno sertão, no ano de 2001. Avaliada em US$ 370 milhões, ela se encontra no departamento de polícia de Los Angeles desde dezembro do ano passado. Motivo: cinco pessoas disseram ser donas da pedra.
O caso aguarda julgamento. Até lá, algumas questões ainda devem ser respondidas. Não está claro como a pedra saiu do Brasil e foi parar nos Estados Unidos e, muito menos, como, em apenas sete anos, seu valor saltou de R$ 10 mil para US$ 370 milhões. Tudo isso por uma esmeralda que provavelmente nunca será lapidada. É que, apesar do tamanho, a pedra, composta de esmeralda e xisto, um tipo de minério da cor negra, não serve para ser transformada em joia,pois os cristais que brotam de seu interior têm pouco valor de mercado.
A Esmeralda da Bahia, dizem os especialistas, é para ser apreciada como uma obra de arte da natureza. A pendenga começou quando um garimpeiro da Serra da Carnaíba retirou a gigantesca pedra da mina e a vendeu por R$ 10 mil a um intermediário que, por sua vez, revendeu-a por R$ 45 mil a Élson Ribeiro, um negociador local. Os garimpeiros acreditam que Ribeiro tenha vendido a pedra a um americano não identificado e que não recebeu nada por isso.
Procurado por DINHEIRO, Ribeiro não quis dar entrevista. “Ninguém sabe onde estão os papéis de exportação desta pedra e nem como ela foi parar nos Estados Unidos”, afirma um garimpeiro local. O curioso é que, em dezembro de 2008, a polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, atendeu a um chamado feito pelo investidor americano Larry Biegler, por causa do roubo da mesma esmeralda. Após recuperar o tesouro, a polícia soube de outros quatro americanos que se declaravam donos da pedra. Biegler, que denunciou o sumiço, afirma que mantinha a esmeralda em um depósito em Los Angeles e que esta foi retirada de lá.
A pedra foi encontrada com outros dois investidores, Todd Armstrong e Kit Morrison, que disseram tê-la recebido de Biegler como garantia de uma transação de diamantes que não aconteceu. Biegler, por sua vez, afirma ter conseguido a pedra ao se associar com o geólogo Keneth Conetto, que comprou a pedra no Brasil e estava tentando vendê-la.
Ao saber do caso, Conetto contratou um advogado para clamar a posse da gema. Há também o empresário Anthony Thomas, que diz ter comprado a pedra no Brasil. “A avaliação de US$ 370 milhões é equivocada. É improvável que seu valor ultrapasse alguns milhões. Além do mais, o modo como a pedra foi transportada não sugere um serviço de profissionais”, afirma Hécliton Henriques, presidente do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ESTRUTURA DAS MINAS E O MODO DE FUNCIONAMENTO DO GARIMPO

Não existe discriminação de raça, sexo ou classe social no garimpo. Todos trabalham juntos. A extração mineral é a principal atividade econômica do município apesar disso não se investe como deveria na extração desses minerais e na segurança de quem os procura. Nota-se que a extração mineral é peculiar aos garimpos e que é realizada em galerias subterrâneas, normalmente sem uma análise prévia. No garimpo de Carnaíba a técnica de mineração é feita ainda artesanalmente e a desorganização começa desde o local escolhido para instalar uma mina, pois o processo de escavação da galeria é na encosta, onde os garimpeiros montam o serviço de extração, até a sua estrutura interna, bem como seu modo de funcionamento.



Nessas encostas os garimpeiros constroem barracões cobertos e ao centro, cavam um buraco vertical até encontrarem o veio de esmeraldas, sendo invisíveis para quem anda nas ruas do garimpo. Como nos mostra Freitas, (2001, p. 35) “o garimpeiro compra um corte, isto é, um lote e contrata alguns trabalhadores para furar a mina. O poço cavado verticalmente geralmente é chamado de frincha”. Para iniciar essa perfuração de uma mina, é preciso instalar bananas de dinamite em fendas feitas com uma britadeira. Os trabalhadores descem e sobe clipados num cavalo . Sem contar que o pó do xisto que se espalha no chão da boca do serviço que se junta com a água que brota da rocha e que desliza muito, ocasionando acidentes e alguns infelizmente, já caíram de uma altura de aproximadamente 60m.


Daí eles acompanham este veio formando uma gruna, que pode conter ou não as gemas. A estrutura das grunas, também é um risco, pois na maioria das vezes os trabalhadores têm que andar quase que agachados, pelo fato do teto ser baixo e em algumas partes ficar caindo pedras, é o que justifica em algumas grunas colocarem Esbirro.Sob a terra do garimpo estes serviços parecem um formigueiro. A estrutura interna de uma mina é composta de vários equipamentos fundamentais ao serviço. As minas funcionam 24 horas diárias. O numero de guinchos depende do numero de porões, para cada porão um guincho, no “Brasil ” tem o primeiro, que é acompanhado de um compressor de ar para a britadeira realizar a perfuração das rochas; a ventulina para retirar a fumaça das explosões; um padrão de luz para realizar a detonação e um cano de PVC que os garimpeiros utilizam para fazer a comunicação com “Japão ”, onde o guincheiro da uma assoprada no cano e no fundo da mina os trabalhadores respondem com outro assopro, realizando-se a comunicação. A maioria dessas escavações, ou cortes, acompanha o sentido do riacho que se despeja de uma altura de mais de dez metros através da serra.



O garimpo estar divido em dois trechos de exploração. Sendo trecho velho e trecho novo, onde ouve em parte do trecho velho um desabamento. Esse desabamento ocorreu no ano de 1969. Devido á infiltração de água na encosta, ocorrendo em seguida o deslizamento. Testemunhas contam que só ouviram o forte barulho e a grande nuvem de fumaça subir. Até hoje não se sabe ao certos quantas pessoas morreram, alguns corpos foram resgatados. Freitas, (2001, p. 38), expõe que em “certa manhã, numa hora em que os trabalhadores se encontravam ocupados na faina diária, ouviu-se forte estrondo acompanhado de gritos de desesperados”. Até hoje moradores ainda comentam o ocorrido.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010